Veja qual é o payback médio das franqueadoras e o que fazer quando as promessas não correspondem às expectativas.
Ao considerar investir em uma franquia, uma das primeiras promessas que atraem o futuro franqueado é o payback rápido — ou seja, o tempo estimado para recuperar o valor investido.
Algumas franqueadoras anunciam retornos em menos de 12 meses, o que pode soar como uma grande oportunidade, não é mesmo?
No entanto, esse tipo de promessa nem sempre se sustenta na prática e pode esconder riscos financeiros e jurídicos que levam muitos investidores ao prejuízo. Entenda mais neste artigo.
O que é Payback e como calcular?
Em resumo, o payback é um indicador que mostra em quanto tempo o investidor recupera o capital aplicado inicialmente em um negócio.
Basicamente, o cálculo é bem simples: basta dividir o valor total investido pelo lucro líquido mensal gerado pela operação.
Por exemplo, se você investe R$ 200 mil em uma franquia e ela gera R$ 10 mil de lucro líquido por mês, o payback estimado será de 20 meses.
Esse indicador é muito usado no mundo das franquias, mas vale lembrar que ele é apenas uma estimativa.
Isso significa que o cálculo não considera fatores como sazonalidade, flutuação de custos, inadimplência, falhas operacionais ou mudanças no mercado, o que pode tornar a previsão otimista demais, portanto.
Por isso, é fundamental solicitar uma revisão de contrato com um advogado especializado em franquias antes de assiná-lo, para não cair em armadilhas.
Qual é o Payback médio das franqueadoras?
Segundo dados levantados na Internet, a média de payback nas franqueadoras sérias gira entre 18 a 36 meses, dependendo do setor.
Geralmente, negócios de alimentação costumam ter retorno mais rápido, enquanto outros serviços levam mais tempo.
Exemplos comuns de payback médio, segundo dados disponíveis em portais especializados, incluem:
- Franquias de serviços automotivos: entre 24 e 30 meses;
- Franquias de alimentação rápida: entre 18 e 24 meses;
- Franquias de moda e vestuário: entre 30 e 36 meses.
No entanto, algumas marcas famosas fogem completamente dessa realidade no mundo real, mesmo quando apresentam promessas tentadoras no material de divulgação.
Um caso amplamente comentado é o escândalo da Cacau Show, uma das maiores franquias do Brasil, que foi alvo de reclamações por parte de diversos franqueados.
As denúncias apontam desde contratos abusivos até estratégias que favoreciam as lojas próprias da marca em detrimento das unidades franqueadas.
Muitos investidores relataram que, mesmo seguindo o padrão da franquia, não conseguiram atingir o faturamento prometido, devido a vários fatores, logo, enfrentaram dívidas acumuladas.
Como avaliar o retorno do investimento na franquia?
Antes de assinar qualquer contrato, é importante avaliar a saúde real da franquia, e não apenas o discurso comercial.
É necessário verificar se os números divulgados são auditados, se os franqueados atuais realmente confirmam a lucratividade e se o suporte oferecido pela franqueadora condiz com o que é prometido.
E mesmo com a exigência legal da Circular de Oferta de Franquia (COF), que deveria seguir rigorosamente os critérios estabelecidos pela Lei de Franquias, muitas vezes, ela não cumpre esse papel de forma adequada.
Em diversos casos, a COF omite ou apresenta de forma superficial os dados financeiros essenciais, dificultando uma análise realista sobre o retorno do investimento e a saúde do modelo de negócio.
Por isso, uma análise técnica de um advogado especializado em franquia evita prejuízos e decisões precipitadas.
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O que fazer quando a franqueadora promete um payback rápido, mas isso não acontece?
Muitos franqueados percebem, depois da inauguração da unidade, que a realidade operacional não corresponde ao que foi prometido.
Quando o payback se torna inalcançável ou os resultados ficam muito abaixo do previsto, é hora de investigar se houve omissão, propaganda enganosa ou má-fé contratual.
Nessas situações, o apoio de um advogado especialista em franquias é fundamental.
Ele pode analisar cláusulas contratuais, identificar abusos na COF, orientar sobre rescisão contratual com segurança jurídica ou até mesmo ingressar com ações de reparação de danos.
O objetivo é proteger o investimento feito e buscar uma compensação justa, especialmente quando houver indícios de prejuízo provocado pela franqueadora.
>>> Em caso de dúvidas ou conflitos com sua franqueadora, fale com o nosso escritório em tempo real.
